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Os e-mails importantes, e o resto

Novamente, esperto não é quem disponibiliza tudo na Internet, é quem seleciona o que importa.

Viu o Prioridades (Priority Inbox) do Gmail?

Tinha já falado aqui dos botões de maior e menor importância. Eles agora fazem parte de uma nova maneira de ler e-mails, com toda sua caixa de entrada podendo ser dividida em e-mails prioritários (Important) e demais (Anything else).

Assim como o Google, que analisa os links em que você clica para mostrar resultados mais próximos às suas escolhas nas buscas seguintes (tornando-se uma ferramenta personalizada sem nem percebermos isso), o Gmail também vai ficando melhor com o tempo na seleção correta das mensagens.
Além do usuário poder indicar quais mensagens têm maior ou menor importância, o Gmail prevê essa classificação lendo sinais como:

  • Para quem você envia mais e-mails
  • Quais mensagens você abre com maior frequência
  • Que palavras chaves mostram seus interesses (Por exemplo, se você sempre abre e-mails com a palavra “esportes”, novas mensagens que contenham essa palavra serão classificadas como mais importantes)
  • E o uso das estrelinhas e dos e-mails arquivados, mostrando que estes remetentes são mais importantes que os demais

A ideia pode ser útil para perdermos menos tempo com e-mails que não interessam e, também, para se observar como na Internet as ferramentas mais eficazes não são aquelas com um resultado definitivo, mas as que vão se definindo com o tempo, se moldando com cada usuário.

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Quem tem o poder, e quem é amigo de quem tem

Um projeto que está sendo desenvolvido no Chile, chamado Poderopedia, quer mostrar quais os vínculos que existem nas elites do País, deixando às claras quem – pessoas, líderes de instituições, donos de empresas – estão ligados a quem.

Como consequência, essa base serve para indicar à mídia, e ao público em geral, por que interesses essas pessoas estão agindo, apoiando projetos governamentais ou fazendo negócios.

O formato é de uma base de dados (tanto de origen editorial como da colaboração dos usuários), com todas as informações passadas por um editor antes de serem publicadas e ilustradas em um “mapa das conexões”.

O modelo de negócios também me surpreendeu. A ideia é que a Poderopédia seja uma ferramenta com livre uso para fins não-comerciais, mas que, em um segundo momento, vai oferecer uma plataforma customizada, como serviço pago a empresas midiáticas.

Imagina que útil seria um projeto como esse no Brasil? Mostrando a ligação principalmente de políticos, e suas famílias, com empresas e instituições? Gente para mapear é que não ia faltar…

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Sempre a mesma escolha, sempre as mesmas ideias

A gente cresce quando está fora da zona de conforto, quando está frente àquilo que desconhecemos. Certo? Ceeeeerto. Mas sair da zona de conforto quem é que quer?

Essa característica é da natureza humana, mas tem um reflexo gigante na Internet. Quanto mais informações temos, precisamos de filtros para selecionar o que iremos ver e, por afinidade, acabamos nos mantendo nos mesmos textos, nos mesmos amigos, nos mesmos pensamentos.

Fiquei pensando nisso depois de ler o texto “O excesso de conteúdo ganhou da atenção. De novo.”, publicado ontem por Daniel Sollero no Brainstorm. Ele cita o livro The Filter Bubble, que mostra como ferramentas como Google e Facebook fazem essa seleção de informação – ou restrição de informação – sem nem percebermos. Seguindo nosso comportamento na web, esses sites nos indicam sempre resultados parecidos com o que costumamos clicar, nos mantendo dentro de uma “bolha”.

A nova opção do Gmail, para avaliar e-mails como mais ou menos importantes, é um exemplo dessa armadilha que construímos para nós mesmos. Se você foca a atenção apenas nos e-mails mais importantes – os enviados por seus contatos mais próximos, por exemplo – pode estar perdendo uma chance única enviada por alguém que, até então, não estava na sua lista de remetentes prioritários.

No vídeo do autor do The Filter Bubble, Eli Pariser, no TED, ele mostra ainda como essa bolha ignora a relação entre o que gostamos e o que “temos” que gostar. Não é, por exemplo, porque clicamos em sites de entretenimento que vamos substituir notícias de política e economia pelo novo hit da Lady Gaga.

Achar o equilíbrio (na vida e na web) é complicado, mas é nossa obrigação.

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Atenção não se pede, se conquista

Uma campanha para alertar adolescentes a não andarem com facas, canivetes e afins, da Polícia metropolitana de Londres soube como incentiver a participação.

Feito pela AMV BBDO London, um vídeo interativo, “Escolha um Final Diferente” (Choose a Different Ending), foi postado no You Tube mostrando uma típica cena de um adolescente saindo com seus amigos e optando – o vídeo pausa e você escolhe – por pegar uma faca ou não.

Daí, outras escolhas são feitas pelo espectador, como voltar pra casa após o começo de uma briga ou ir atrás de quem a começou, até o momento de utilizar ou não a faca, e como.


Filmado “em primeira pessoa”, e com trechos curtos, o vídeo prende a atenção e, na última cena, dá a chance do recomeço (benefícios do mundo virtual…). E, o mais legal: os jovens que escolheram não pegar a faca automaticamente na primeira opção do vídeo foram recompensados com um download de música free.

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Fruta do mês

Oferta maior, preço menor. Uma equação óbvia que ninguém pensa na hora de fazer compras.

E como minha memória – e a da maioria dos mortais – não é de elefante, gostei de descobrir o aplicativo publicado pelo IG: Produtos da estação.

A busca acontece de três maneiras:

– Pelo nome do alimento. Clique em Consultar e, do lado direito, será exibido cada mês do ano com a indicação se a época é boa, média ou ruim para comprá-lo

– Pelo mês do ano, para ver todos os alimentos em alta no período

– E por tipo de alimento (frutas, legumes, verduras, pescados, diversos), combinando ou não com o mês escolhido

Bom para economizar e, melhor ainda, para ser ecologicamente correto, já que os produtos da estação não precisam ser atolados com agrotóxicos pra crescer.

Faltou só uma versão mobile da página, para salvar as compras quando você só se lembrar que essa lista existe lá no meio da feira ou do supermercado.

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Confia ou não?

Português é a sétima língua mais falada por usuários da Wikipédia, que dedicam 399.961 views/hora à enciclopédia. Considerando as sete línguas mais faladas pelos usuários, os de língua portuguesa estão em terceiro lugar em views por hora e em número de artigos – mais de 660 mil.

Ainda hoje, saiu uma notícia no UOL dizendo que a maior editora da Wikipédia entre os países de língua portuguesa é uma brasileira. (Aliás, como brasileiros amam redes sociais, a notícia, publicada às 7 da manhã, foi, até as 21h, twitada 241 vezes e recomendada pelo Facebook outras 298 vezes.) A maior editora do site é formada em comunicação visual, mas edita artigos sobre assuntos diversos.

Acho a Wikipédia uma das invenções do século, sou defensora árdua, mas, ao mesmo tempo, não sei dizer o quanto de deserviço ela tem proporcionado. Entre tantos usuários, quantos têm olhar crítico? Quantos param para pensar quem editou, com que conhecimento e com que intenções, cada um dos textos do site? Quanto VOCÊ confia na Wikipédia?

 

Ps. Google Trends mostra uma queda considerável de acessos ao site nos últimos meses. Seria o brasileiro ficando desconfiado e buscando fontes mais precisas?

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Decifra-me ou não te devoro

O trocadilho foi inevitável para falar do aplicativo que a empresa japonesa NTT está desenvolvendo: um programa que diz quantas calorias tem seu prato, apenas por uma foto.

Basta tirar uma foto da comida com o celular e, pela cor e formato, ela é identificada em uma base de dados e tem o número de calorias calculado.

Confesso que não estou botando muita fé na precisão desse app, mas que a idéia é boa, é.

Na mesma linha, e já funcionando,o iPest1, desenvolvido pela Universidade da Flórida, utiliza o mesmo processo de identificação por foto para dizer que bicho é aquele asqueroso que apareceu na sua casa. O aplicativo traz foto e texto explicativo das 40 espécies mais comuns de pestes. Compatível com iPhone, custa $1.99.

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Mais quadrinhos, impressos.

Achei interessante, em uma conversa com uma coordenadora de treinamento do Toronto Star, ela dizer que eles estão utilizando o jornal online para medir o que publicar no impresso. Isso porque os leitores, quando respondem pesquisas sobre suas seções preferidas, trocam muitas das que sempre lêem (como entretenimento, quadrinhos…) por outras mais “socialmente bem vistas”.

No site, pelo número de pageviews, não tem como mentir.

E agora? O jornal tem que oferecer mais conteúdo para as seções mais vistas? Ou é o “status” das demais seções o que justamente motiva o leitor a pagar a versão impressa?

E….

É mesmo uma boa idéia levar as seções preferidas do online para o impresso, para atrair esses leitores a comprarem o jornal? Ou melhor produzir conteúdos completamente diferentes para cada plataforma?

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Information rEvolution

* Quem quiser em português, é só jogar “Revolução da Informação” no You Tube.

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Legal, mas…

Achei bem interessante a maneira que o Estadão publicou os dados do censo, feito pelo Ministério da Educação, sobre os professores brasileiros (imagine se isso fosse uma tabela de números ou um gráfico de pizza atrás do outro?). Mas acho que esqueceram de uma coisa, que a informação, no site de um jornal, é o que realmente importa. 

Pode ser divertido clicar nos ícones da ilustração, mas precisa fazer o leitor ficar procurando com o mouse onde clicar pra conseguir saber os números que tem interesse? 

Minha sugestão: listar, abaixo da ilustração, as informações que têm disponíveis no desenho, linkando direto ao gráfico correspondente. Simplificar e dar opções, não custa. 

info estadao

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